terça-feira, 26 de agosto de 2008

Ponto da situação


Estão neste momento concluídos os passeios pelas ilhas da Ria Formosa. O último teve lugar na Ilha Deserta. Ao todo foram seis passeios (Manta Rota-Cacela, Ilha de Cabanas, Ilha de Tavira, Ilha da Armona, Ilha da Culatra e Ilha Deserta). Ao todo, foram passeios caracterizados pela sua grande extensão, em terreno arenoso à beira-mar, diante das ondas. Que é um terreno que não oferece perigos de ordem habitual (baixa altitude, terrenos ao mesmo nível do mar), mas que, no entanto, devido à dificuldade apresentada pelo terreno ser de natureza arenosa, não se faz com grande facilidade, ao contrário do que poderia parecer. Pois quando a areia a areia se afunda constantemente debaixo dos nossos pés tem que se fazer o esforço adicional de levantar o pé da cova indesejável feita pelo peso do nosso corpo através da pressão do pé na areia.
Apesar de ainda faltar um passeio para atingir o extremo ocidental da Ria Formosa no Ancão, podemos fazer já um resumo: verifiquei com os meus próprios olhos a construção desordenada e ilegal que está a ter lugar em todas as ilhas barreira do parque natural, construção essa que põe em causa o equilibrio deste ecossistema frágil. Mas, por todo o lado, constatei um facto indisfarçável: o avanço das águas do mar que, em praticamente todas as ilhas barreira, avançou e comeu a duna primária. Não houve nenhuma ilha em que esse sintoma não estivesse à vista na praia.

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