segunda-feira, 14 de abril de 2008
Manta Rota - Cacela
Clique aqui para ver as fotos.
Depois de concluir o trajecto do Cabo Espichel a Sesimbra e verificando a impossibilidade de estender os caminhos da Rota até Setúbal, devido à enorme dificuldade apresentada pelas serranias da Arrábida e depois de dois trajectos em que tive oportunidade de explorar (e compreender) os problemas das caminhadas por falésias à beira-mar, decidi voltar aos terrenos costeiros de menor dificuldade, às quais pertencem praias da minha província natal, o Algarve. Assim sendo, decidi retomar os percursos no Algarve, quase 10 meses após o último (e único) trajecto até agora feito - que tinha começado em Vila Real de Santo António e terminado em Cacela, sendo o último ponto costeiro alcançado Manta Rota, que foi o ponto de partida para esta nova etapa. Como me encontrava em casa de férias e não tenho automóvel, fui de bicicleta até ao início do percurso previsto - a praia de Manta Rota -, a cerca de 10 quilómetros. Antes de chegar à praia fiz uma paragem para tomar um café na pastelaria Rota da Caravela, um lugar por onde tinha passado no meu trajecto 10 meses antes. Foi engraçado verificar que toda a zona por se chega à praia tinha sido arranjada com um novo parque de estacionamento e um passadiço largo - obras com que tinha deparado quando tinha passado por ali 10 meses antes - um bom mote para dar início ao percurso.
Estacionei a bicicleta no fim do passadiço perto das escadinhas e lá fui para o início de uma nova jornada. O tempo estava agradável e foi engraçado deparar-me com coisas poucos habituais, tais como um enorme barco de cruzeiro a passar junto à costa (ver foto).
O que me preocupou foi ver o avanço do mar constatado na forma como as dunas foram "ratadas" (como se pode ver nas fotos). O mar nalguns pontos galgou a duna e cortou-a ao meio, com mais ou menos protecção proporcionada pela estacaria a não servir de grande coisa. Prenúncios da mau agoiro para o futuro ?
Este foi o primeiro trajecto por dentro do parque natural da Ria Formosa, tendo sido este o primeiro passeio a assumir uma perspectiva circular (regresso ao ponto de origem), dada a impossibilidade de atravessar as barras que separam as ilhas consecutivas que compoem o cordão dunar.
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